12.2.14

O conjunto de devaneios desorganizados

(www)
Dizem que a essência do amor está na forma com o qual você o representa.
E aqui estou eu, a pessoa que mais odeia clichês românticos escrevendo um, com minhas próprias mãos e em plena consciência. Se você realmente me conhecer deve se perguntar: Como pode? Será o fim dos tempos?
Talvez seja o fim dos tempos mesmo, vai ver que é. Como seria depois do fim, o que existe além do fim? Uma pergunta sem respostas.
Ninguém que foi para o fim voltou e talvez por isso seja melhor que aqui...
Isso que eu sinto agora talvez seja um acumulo de dores, a mistura do mais profundo vazio de respostas. Aquela vontade de chorar loucamente e de fazer perguntas que não teriam respostas. Correr em meio à multidão, falar coisas sem nexo, criar um discurso que pudesse mudar o mundo.
Mas, nada disso aliviaria o que eu estava sentido. Podemos encontrar coisas que diminuem nossa dor, mas, nada que a acabe totalmente e mesmo que você a esqueça uma hora ela chegará de novo a sua mente, seus medos voltarão a tona e isso vai destruindo o ser pouco a pouco.
A provabilidade de alguém ser perfeito é inexistente. Por mais que você procure encontrará apenas o nada, um grande vazio e aqueles que tentam ser perfeitos são desse mesmo modo: vazios. Pessoas tão vazias que cortam árvores para escreverem papeis nela "diga não ao desmatamento".
Uma voz doce então toca seu coração, não doce feito mel, nem perfeito, muito menos da cor do céu, talvez fosse da cor do céu, aquele tom de nostalgia que só observamos quando somos bem crianças, de repente percebemos de novo tal magia, você vai penetrando pouco a pouco nela, sem medo, aquilo é tão terrivelmente aconchegante que não consegue sair de lá. 
Agora não é só apenas uma voz, é uma conjunção de tempo e espaço pela qual você pertence.
É bem provável que você não me entenda, mas, é nas dúvidas que se encontram a compreensão. 

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