Autor: John Green
Ano: 2010
Páginas: 226
Editora: Martins Fontes
Classificação:
Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras que, cansado de sua vidinha pacata e sem graça em casa, vai estudar num colégio interno à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o "Grande Talvez". Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young, uma garota inteligente, espirituosa, problemática e extremamente sensual, que o levará para o seu labirinto e o catapultará em direção ao "Grande Talvez".
Sim, esse foi um dos melhores livros que já li em minha vida. Embora eu continue a achar que o John Green não é o melhor escritor do século, passei a ter a visão de que ele pode estar entre os 10 melhores. Quando comecei a ler confesso que achei o enredo um pouco clichê. O livro é narrado por um menino chamado Miles Halter, sem vida social que lê biografias apenas para saber quais foram as últimas palavras de pessoas célebres, ou nem tanto. Então ele vai para um colégio interno e lá descobre os prazeres da vida. Só que o que vai além disso é o que faz o livro ficar surpreendente.
Mas que diabos significa “instantâneo”? Nada é instantâneo. Arroz instantâneo leva cinco minutos, pudim instantâneo uma hora. Duvido que um instante de dor intensa pareça instantâneo.
O livro é dividido no antes e no depois. Nos dias "antes" eu fiquei com aquela vontade de saber o que aconteceria, o tal grande fato que muda a vida deles, foi o meu estímulo de leitura para seguir em frente. É importante ressaltar que é um livro com trechos filosóficos, que fazem você se perguntar sobre como sair desse tal labirinto. Quando eu me refiro no comecinho da resenha a "os prazeres da vida", quero me referir ao consumo de algumas drogas lícitas que ocorrem no livro, embora ele seja um menor de idade.